Hoje é o primeiro dia do primeiro ano do resto da minha vida.
Quase aos 50 anos percebi que nas últimas duas décadas eu me esforcei o bastante para que pessoas próximas estivessem bem. Dei apoio nos momentos difíceis, acompanhei processos de superação, dediquei a maior parte do meu tempo tentando fazê-los feliz.
Mas e eu? Onde fiquei nessa história? Claro que tive momentos felizes, mas nem sempre eu estava plenamente satisfeito. Era como se eu me impregnasse pela felicidade do outro e com isso ia levando a via. Me alimentando daquela felicidade. Feio isso, né?
E assim como ideologias, formas de governo, modos de produção, relacionamentos por mais sólidos que pareçam também se desmancham no ar.
Não vou entrar em detalhes porque ninguém nada a ver com minhas lamúrias. Até porque a proposta desse blog é tentar acompanhar uma proposta de mudança individual. Minha e somente minha.
E essa mudança começou hoje depois de uma noite fritando na cma sem conseguir pregar os olhos. Para começar acordei às seis e quarenta e cinco, tomei um banho, vesti calça de ginástica, camiseta de malha e óculos escuros e fui...andar no Parque Villa Lobos.
Nem eu acreditei no que estava fazendo. Uma caminhada curta porém prazerosa. A manhã clara apesar de enevoada e o silêncio do parque me ajudaram a repensar umas coisas, remoer outras e expiar outras tantas.
Quase andei de bicicleta mas achei que era demais para o primeiro dia.
Vamos seguir em frente.
Amanhã, segunda, marco cardiologista para exames e retomo o pedido de remédios ao SUS - outra hora explico isso - para poder começar a caminhar e correr um pouco.
Voltamos a falar.
Nelio
